PROGRESSÃO DA IDADE

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PROGREDIR A IDADE

 

INICIATIVAS RELEVANTES NO BRASIL

A recuperação de uma criança que permanece desaparecida por alguns anos esbarra em obstáculos de tal ordem, que na maioria dos casos torna esta tarefa exaustiva e, muitas vezes sem qualquer resultado. Além das naturais dificuldades oferecidas pelo labirinto de pistas, ou até mesmo na falta delas, soma-se ainda o grave problema provocado pelas alterações dos traços faciais decorrentes do crescimento e hábitos adotados pelo desaparecido. Apenas o olhar agudo de técnicas periciais pode, através da análise de fotos e outros elementos complementares, aproximar uma possível identificação entre imagens pertencentes a épocas distintas, lembrando que o exame de DNA estará presente nas comprovações de identidade somente após a fase preliminar de buscas.

As progressões da idade que projetam o crescimento facial, ajudam a fornecer um quadro mais atualizado de uma possível imagem facial como no caso de crianças desaparecidas. É um estudo multidisciplinar que necessita não só a utilização de ferramentas adequadas como também da criatividade do seu autor. Trata-se de experimentos recentes surgidos a apenas duas décadas diante da necessidade de busca por pessoas desaparecidas e ou aquelas motivados pela curiosidade em projetar anos à frente os traços característicos de alguma pessoa jovem, com o intuito de configurá-la após anos de seu desenvolvimento. Tais trabalhos devem ser feitos por especialistas com conhecimento das transformações craniofaciais que ocorrem durante o desenvolvimento entre a infância, puberdade e assim por diante (Martuscelli, 2005).

 

No caso de crianças em desenvolvimento, a progressão de idade aplicada a uma foto demonstra a variação da relação anatômica do modelo a ser representado e basicamente é desenvolvida na configuração do crânio do modelo, sem maiores preocupações do artista em reproduzir uma progressão física ampla em relação a altura, peso e demais características.

No Brasil, ainda é insipiente a utilização desse método de trabalho e a escassez de laboratórios forenses voltados para essa atividade é dramática. Recentemente a Cemel - Ribeirão Preto (SP) inaugurou seu Laboratório de Antropologia Forense e já existe em andamento um projeto de reconstrução facial para aplicação em casos aonde, após localizada uma ossada, informações coletadas sobre especificidades da tipologia dos brasileiros serão incorporadas a esse crânio para que uma figura bi ou tridimensional possa ser apresentada como representação da aparência que a vítima teria quando morta.
A restituição da identidade de vítimas, a devolução dos seus corpos ou a localização e entrega às respectivas famílias,  graças a aplicação de métodos científicos é um dos grandes serviços que podem ser prestados à sociedade pela antropologia forense (Martuscelli, 2005).

Devemos ressaltar as vitoriosas pesquisas desenvolvidas pelo SECRIAD (DF) que utiliza a técnica de envelhecimento digital (age progression) desenvolvida pelo National Center for Missing and Exploited Children, coordenador mundial da Rede Missing Kids, da qual o SOS Criança é o operador no Brasil

Os métodos, técnicas e ferramentas utilizadas neste ensaio não esgotam as metodologias e processos periciais existentes ou outras teorias aplicadas na determinação, com melhor precisão, da idade e identificação de desaparecidos. A comprovação científica destes métodos necessita de tempo para acompanhamento dos experimentos e mensuração dos indicadores de eficiência dos casos de sucessos efetivamente comprovados. O fator tempo, entretanto, representa o maior obstáculo em quaisquer dos métodos utilizados, particularmente no caso de crianças desaparecidas, devido às suas contínuas mutações físicas.  Porém, assim como nos sistemas de retratos falados, o que se obtém como produto da modelagem nas diversas metodologias aplicadas é a melhor das aproximações possibilitada pelas evidências coletadas.  É uma combinação da tecnologia com a melhor das alternativas, produzida pelo somatório das investigações, fatos, fotos e, sobretudo, uma razoável criatividade orientada por todas as evidências que cercam o caso.

Lamentavelmente, algumas poucas pessoas ainda confundem PROGRESSÃO DA IDADE com SOFTWARE. Ou pior, sobrepõem a atividade fim de Orgãos cuja atividade fim é a busca de pessoas desaparecidas com o feudo, ao qual estão política e temporariamente alocadas.

Cleópatra - As duas faces da moeda

CLEÓPATRA
Conheça o rosto da rainha do Nilo - exercício pericial.

VIAGEM NO TEMPO -  progressão simulada da sua idade 5,10,20, 30 anos...

Um exercício pericial fascinante, tendo como resultante maior o apoio à busca incessante das crianças desaparecidas.
 

 


Utilização das Ferramentas

 

Seqüência resumida de um exercício simples de progressão de idade

Fase 1
Coleta do acervo fotográfico existente
Coleta de informações relevantes sobre o desaparecido
Coleta de informações relevantes sobre familiares, relacionamentos, fundo ambiente, cenários, hábitos e evolução cronológica facial da família.

Fase 2
Análise do material coletado
Observação dos elementos faciais / biofísicos do desaparecido e de seus familiares.
Identificação da faixa etária mais precisa do desaparecido.
Análise de históricos e fatos relevantes.
Estudo das transformações antropométricas

Fase 3
Seleção das fotos básicas de frente e perfil;
edição frontal projetada destas fotos, com base no acervo existente para início do trabalho de progressão da idade.


 
Identificação Craneométrica (Vanrel e Campos, 2005)


Acervo

PhotoShop - (MR Adobe)
BookShape -
(Martins,I)

Modelagem
bruta

Fase 4
Preparação das imagens.
Desenvolvimento da Progressão e possíveis transformações faciais
Modelagem de alternativas para progressão

Modelagem Bruta

PhotoComposer integrado- (Martins, i)
BookShape -
(Martins,I)

Modelagem final de Alternativas

Fase 5
Autenticação da Progressão (Peritos)
Atividades desenvolvidas durante a presente análise:

  • Busca de imagens de familiares da pessoa representada
    Levantamento de dados sobre o desenvolvimento físico
    Exame descritivo e comparativo entre as imagens obtidas
    Observação de características próprias do indivíduo e familiares
    Analise comparativa dos elementos encontrados e suas similaridades e discrepâncias
    Considerações finais e conclusão.

Ensaio progressivo do menino Carlinhos, Natural, 25 anos e 40 anos, utilizando FACE MODELLER, com acabamento do PhotoComposerPlus


Modelo em 3D, desenvolvido com computação gráfica, simulando Carlos Ramires da Costa com 60 anos, comparado com a mãe, Sra Maria Ramires

A utilização de ferramentas gráficas tipo Maya(*) ou Face Modeller (**) para transformação do retrato falado em imagens tridimensionais oferece um resultado magnífico e um campo novo para pesquisas forenses. A sua aplicação exige alguma qualificação do desenvolvedor, experiência e habilidades pessoais para geração do Input que irá alimentar corretamente as ferramentas gráficas. A grande quantidade de parâmetros ativados, contempla expressões fisionômicas, músculos da face, biótipo, textura, idade, assimetria facial, modelagem dos elementos faciais e outros que influenciarão significativamente o desenvolvimento do ensaio. O propósito deste tipo de trabalho para o retrato falado, uma vez  produzido em escala, pode apresentar limitações ou ser pouco prático, entretanto a finalização do "personagem" irá surpreender mesmo, os mais céticos.
Este trabalho exige, tal como Fotocrim, que o retrato falado original seja decomposto em moldes e importado para ambientes gráficos e neles, tratados para finalidades específicas de reconhecimento facial ou modelagem em 3D.

BIBLIOGRAFIA

  • Dantas, George F. Sistemas Biométricos de Identificação pela Imagem Facial. Consulta em Perito Criminal,  http://www.peritocriminal.com.br/biometria.htm, em maio de 2005

  • Borges dos Reis, Albani; et Al; Tratado De Perícias Criminalísticas - Identificação Humana, de Editora Sagra Luzzato, Porto Alegre, 1999.
    Martuscelli, Fausto Monteiro; Laudo Pericial - Exercício de Progressão para Carlos Ramires. 2005.

  • Moraes, Anamaria.; DESIGN E AVALIAÇÃO DE INTERFACE - Editora iUsEr, Rio de Janeiro, 2002.

  • Norman,Donald.THINKING BEYOND WEB USABILITY. Disponível

  • em:http://webword.com/interviews/norman.html

  • Santos , Robson. Ergonomização da Interação Homem-Computador. Monografia PUC-Rio, 2000

  • Martins, Isnard. Tools ergonomics for the graphic reproduction of facial images: man or computer production? Anais do Congresso Internacional de Design da Informação, setembro 2003, Recife, Pernambuco, Brasil.

  • Martins Isnard. Retrato Falado - Uma Abordagem Prática. Documentação Técnica – Software PhotoComposer, em 2003.

  • Vanrell,Jorge, Campos Maria B. ; consulta em
     http://www.pericias-forenses.com.br/icraniodo.htm ,  em outubro de 2005
     

  • Simulações desenvolvidas através de computação gráfica para cenários possíveis,
    Face Modeller - Singular Inversions Inc.


Desenvolvido por Isnard Martins Professor, Doutorando Engenharia Industrial, MSc. Ergonomia,
autenticado por Dr Newton Schittin, Perito, Médico Legista e Fausto Martuscelli Monteiro  , Perito, Engenheiro .

Conteúdo reservado. Qualquer divulgação, em qualquer meio ou mídia, das composições originais ( faces projetadas )
divulgadas mediante consulta e autorização prévia, citando sempre fonte da pesquisa, autor e peritos autenticadores. Consultas pelo Tel - 21 8714 8827
ou e-mail   retratofalado@br.inter.net

Rio de Janeiro, 5 de dezembro de 2005.


Tecnologia de pesquisa Brasileira

Ensaios utilizando o ambiente gráfico F.Modeller 3.1
Maya e Face Modeller são marcas famosas de propriedade industrial das respectivas Empresas Titulares (* , ** ), neste ensaio citadas meramente como referência dos ensaios e pesquisas desenvolvidos sem finalidades comerciais.
* Autodesk, Inc. 2006 All rights reserved    ** Singular Inversions Inc. 2002 ll rights reserved