BIBLIOTECA DOS

NOVOS
ENGENHEIROS

Introdução à Engenharia
2006-1

Isnard Martins

 

9


 

Publicação Técnica

VoIP - Configurando um Servidor
 

  

Henrique Gobbi, Fernando Henrique de Rêgo Monteiro, Bruno Campos de Oliveira Guedes são alunos de Engenharia da PUC-Rio

Resumo

Esta monografia possui como objetivo principal o esclarecimento de possíveis dúvidas sobre o que é um servidor de Telefonia IP. Dessa forma, iremos abordar o conceito de servidor, suas principais funções, formas de operação e sua acessibilidade. Não convém aprofundar a explicação sobre como efetuar sua configuração, na medida em que foge do objetivo principal desta monografia que é o de apenas auxiliar aqueles que possuam dúvidas acerca do tema.

Introdução

Primeiramente, precisamos caracterizar os principais conteúdos a serem abordados no nosso trabalho. Para isso nessa primeira parte segue um resumo breve do que é cada componente que será explicado

·        SIP (Session Initiation Protocol )e Servidor SIP:

Para iniciarmos qualquer chamada em uma rede IP, precisamos de algum recurso que nos identifique e nos conecte ao servidor. O SIP é um protocolo de sinal para estabelecer chamadas e conferências, via IP, o qual reconhece a  presença do usuário na rede. Em outras palavras, o SIP tem o objetivo de estabelecer , mudar e terminar chamadas em um ou mais usuários em uma rede IP, ou seja, reconhecer a presença do usuário (Presença significa a aplicação estar consciente da sua localização e disponibilidade), independente do tipo de mídia que está sendo utilizada (áudio, vídeo etc).

Como característica principal o SIP tem a capacidade de levar os controles da aplicação para o terminal, sem a necessidade de uma central de troca.

Para funcionar, o SIP utiliza um software conhecido como Agente do Usuário, ele funciona como o intermediador das ligações. Quando um usuário começa a fazer uma ligação, ou seja, requisita uma ligação o Agente funciona como um cliente fazendo o pedido de inicialização de sessão; mas quando o usuário recebe uma chamada, ele serve como um servidor, respondendo o pedido de seção.

Mas para haver a conexão, o usuário precisa estar cadastrado em um servidor intermediário, o chamado Servido Proxy SIP, esse servidor é quem faz a requisição perante o Agente do Usuário para o próximo servidor SIP, ou seja o servidor que estaremos trabalhando (Asterisk) tem a característica de ser um Servidor Proxy SIP. Outra característica desse servidor e trabalhar com o redirecionamento SIP, que serve para informar ao Agente do Usuário o endereço do servidor para que o cliente possa contatar o endereço diretamente. Esse endereço e semelhante a um e-mail, justamente para facilitar a associação com um endereço de e-mail do usuário.

As funções avançadas, as opções secundarias e as diferentes formas de utilização do SIP e do Servidor Proxy, não são objetivos do nosso trabalho. Para se informar melhor sobre isso acessem os sites descritos em nossa bibliografia.

 Agora que já está esclarecido e identificado os principais conteúdos necessários para o entendimento do trabalho, é possível começar a trabalhar em cima do: “como fazer funcionar”.

O servidor é uma parte muito importante para uma rede VoIP, é ele que irá cadastrar os usuários fazer toda a ligação entre o cliente (softfone) e a base de dados dos usuários. Para trabalhar na configuração do servidor não é estritamente necessário, como a maioria pensa, saber programar, já que o objetivo do projeto não é esse. O programa a ser utilizado, o Asterisk, possui muitas funções avançadas que não serão vistas hora nenhuma pelos grupos, já que possuem um nível de dificuldade para serem implementadas bastante alto.

O Asterisk nada mais é do que o nosso próprio Servidor Proxy SIP. Entendendo isso já é possível entender basicamente para que serve o Asterisk. Será nele que os usuários irão estar cadastrados, possibilitando que os mesmos utilizem dos serviços oferecidos, e principalmente possam fazer suas chamadas via VoIP tranqüilamente. O Asterisk ainda proporciona várias opções de usabilidade, dentre elas a que mais se destaca é a possibilidade de utilizar o VoIP como um PBX, ou seja um telefone dividido em ramais, ou diferentes telefones que possuam uma rede entre eles . É no Asterisk também que serão configuradas as opções como secretária eletrônica, conversa por vídeo e conversa escrita (no estilo do MSN Messenger), dentre outras.

O servidor funciona em cima de uma base Linux, ou seja, só é possível faze-lo funcionar em um computador que possua o Linux. Como o servidor é um programa relativamente pesado e o Linux é muito pouco utilizado, é necessário recorrer ao professor da área de desenvolvimento, Rodolfo Sabóia, para que, junto com ele essas questões mais tecnicas possam ser esclarecidas e resolvidas.

Mas a partir desse ponto, não há mais o que se explicar, a não ser tirar algumas das duvidas mais freqüente:  essa parte é a mais trabalhosa, já que é preciso começar a fazer o servidor funcionar. Para isso é preciso entender que o Linux não trabalha igual ao Windows, mas utiliza linhas de comando para configurar a maioria de seus programas, e com o Asterisk não é diferente. O computador que irá ter o Asterisk instalado não é de livre acesso físico para todos, por isso será preciso um acesso remoto ao computador; ou seja, você terá que baixar um programa que lhe conectará ao computador onde, através do IP do mesmo (que lhe será fornecido), você poderá trabalhar no que quiser. Mas há um problema nisso tudo, pelo Linux trabalhar com linhas de comando, o pelo acesso remoto nãos ser gráfico, e sim uma tela similar ao DOS, é necessário que quem irá fazer a configuração, terá que pesquisar um pouco sobre quais as linhas de comando tem que ser utilizadas para acessar, configurar e comandar o Asterisk. Essa tarefa mesmo parecendo muito complicada não é; a maioria das linhas de comando para todas as funcionalidades já estão documentadas e explicadas passo a passo em vários sites, revistas e livros especializados, inclusive com ilustrações de como a janela ficará, com tudo escrito.

A forma de organização das linhas de comando no Linux, principalmente no Asterisk, são feitas para facilitar os leitores, de tal forma que todos os comandos e ferramentas tem uma característica em comum: tudo o que o Asterisk sabe, é o que está escrito nos arquivos .conf em /etc/asterisk. Por exemplo, tudo que se refere ao usuário SIP está contido em sip.conf, todos os números dos usuários estão em extensions.conf etc.

Como os conteúdos do Asterisk e as opções que ele nos oferece são muito vastas, não iremos abordar como essas linhas de comando são e nem quais delas serão utilizadas para cada opção. Todo o detalhamento das linhas de comando para cada função estão detalhadamente escritas e exemplificadas em sites de nossa bibliografia, e o manual original do Asterisk está disponível em http://www.digium.com/handbook-draft.pdf .

Conclusão:

Podemos ver então, que o  servidor  age  como intermediário, unindo  dois ou mais usuários em áudio ou vídeo e fazendo com que suas opções e necessidades sejam atendidas. Por esse motivo é importante que se tenha um servidor bem configurado, pois é a configuração quem vai permitir que todas as execuções ocorram de acordo com desejo da empresa, garantindo maior usabilidade e conforto para o usuário. Isto pode resultar em um diferencial, ou seja, em uma vantagem em relação à outras empresas, mesmo que elas estejam oferecendo os mesmos serviços.

Bibliografia

www.asterisk.org

 www.asteriskbrasil.org

http://www.allclick.com.br/Asterisk/

www.wikipedia.org

 http://www.digium.com/handbook-draft.pdf

 www.ipfone.com.br


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