BIBLIOTECA DOS

NOVOS
ENGENHEIROS

Introdução à Engenharia
2006-1

Isnard Martins

 

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Gerenciamento de Projetos: Componentes e Premissas


Diego Borrelli é Estudante de Engenharia

da PUC-Rio

Resumo

Gestão de Projetos é a aplicação de conhecimentos, habilidades e técnicas na elaboração de atividades relacionadas para atingir um conjunto de objetivos pré-definidos. Os processos componentes do gerenciamento podem ser classificados em cinco grupos de processos (iniciação, planejamento, execução, controle e encerramento) e nove áreas de conhecimento (gerência de integração de projetos, gerência de escopo de projetos, gerência de tempo de projetos, gerência de custo de projetos, gerência de qualidade de projetos, gerência de recursos humanos de projetos, gerência de comunicações de projetos, gerência de riscos de projetos e gerência de aquisições de projetos). Logo, gerência de projetos é a disciplina de manter os riscos de fracasso em um nível tão baixo quanto necessário durante o ciclo de vida do projeto. Para que isto seja possível é de extrema importância que não haja incerteza durante os estágios do projeto.

Introdução

O sucesso de um projeto é diretamente proporcional à qualidade de sua gestão. É importante que o engenheiro desenvolva habilidades requeridas para lidar com as contingências, com as situações sempre novas que o ambiente de mudança impõe, tendo em vista que a essência da idéia de projeto é a não repetição, por oposição às rotinas.

Dentre as cinco fases da gestão do projeto (citadas anteriormente) as principais são: planejamento, organização e controle. A primeira consiste em definir os resultados esperados; apontar os interessados (aqueles que serão afetados pelo projeto, ou as pessoas cujo apoio será necessário, ou ainda, quem tem interesse nos resultados do projeto); traçar as atividades necessárias e suas datas previstas de início e término; estimar orçamentos para todos os recursos que serão utilizados e discriminar os riscos significativos e como serão administrados.  A segunda é baseada na divisão de papéis e responsabilidades para a equipe do projeto, enquanto a terceira consiste no controle do desempenho do trabalho o qual é feito com: a organização, concentração e motivação contínua da equipe; o acompanhamento e comparações entre o trabalho e os resultados do projeto e o plano inicial; a análise e mudança dos planos quando é indicada esta necessidade; a administração contínua do risco do projeto em desenvolvimento e mantendo todos informados das realizações, questões e mudanças do projeto. (Stanley E. Portny e Jim Austin. Gerenciamento de projetos para cientistas.)

A tradicional medição do sucesso de um projeto está em função de quatro variáveis: escopo (projeto entregou ou não toda a especificação prevista); custos (projeto dentro ou não do orçamento previsto); tempo (projeto dentro ou não do cronograma previsto) e qualidade (projeto entregue ou não com qualidade esperada). No entanto, essa medição não é trivial, pois depende de quem esteja analisando tal projeto, isto é, diferentes departamentos que atuaram no projeto podem ter distintas opiniões relacionadas ao sucesso ou não do projeto. Além desses quatro fatores é importante “medir” a satisfação do cliente, uma vez que este não depende única e exclusivamente dos outros fatores.

“Baseado numa pesquisa realizada com mais de 182 empresas de diferentes segmentos, Shenhar (1997) propõe um outro modelo relacionado à obtenção de sucesso em projetos. Modelo este que envolve o grau de importância de projeto em função de seu impacto estratégico e também o tempo de analise de seu trabalho. Conforme reproduzido na figura 2, este modelo se dá em quatro etapas até chegar ao sucesso considerado pleno: eficiência do projeto (escopo, tempo, custo, qualidade); impacto no cliente (satisfação, resultado); sucesso nos negócios (retorno de investimentos, taxa de retorno) e preparação para o futuro (suporte a infra-estrutura, evolução).” (Shenhar. Importância relativa das dimensões de sucesso. 1997)

Logo, mesmo se todos os estágios do gerenciamento forem feitos com extrema eficiência ainda haverá incerteza quanto ao sucesso absoluto do projeto. Quando as informações são usadas visando à integração e motivação da equipe e quando seus membros as utilizam de forma a direcionar seu trabalho, há maiores chances de obtenção de sucesso. Um projeto raramente limita-se a um curso predeterminado. Os projetos fluem e se desenvolvem; a gestão de projetos é uma forma de garantir que os integrantes estejam sempre aptos a solucionar os diferentes problemas de cada projeto e, assim, conseguirem alcançar seus objetivos.

Bibliografia
http://pt.wikipedia.org/wiki/Gest%C3%A3o_de_projetos - Consulta em 22/04/06
http://pt.wikipedia.org/wiki/Processos_da_ger%C3%AAncia_de_projetos - Consulta em 22/04/06
http://www.universia.com.br/nextwave/ver_materia.jsp?materia=11&subcanal=1 - Consulta em 22/04/06
http://www.perspectivas.com.br/art71.htm - Consulta em 22/04/06

http://www.bbbrothers.com.br/scripts/Artigos/Artigo%20-%20Sucesso%20em%20Projetos%20TI.pdf - Consulta em 22/04/06
Shenhar. Importância relativa das dimensões de sucesso. 1997


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